Lançado em 17 de outubro, Keeper é o mais novo jogo da Double Fine. Com direção do veterano do estúdio, Lee Petty, tendo a proposta de ser uma experiência contemplativa e de menor escala.
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Ambientação

Keeper é esteticamente lindo e em diversos momentos, o jogo até parece uma pintura. Embora os gráficos em si não impressionem, com texturas simples e que demoram para carregar algumas vezes, a direção de arte é tão competente que consegue fazer todos esses pequenos defeitos quase passarem despercebidos.
O visual do jogo é, sem dúvidas, seu maior acerto, sendo impressionante do início ao fim, dando aquela vontade de tirar uma screenshot em diversos pontos dos cenários.
Gameplay e Level Design

Keeper é um jogo de aventura com puzzles, não há qualquer tipo de combate, apenas seguir em frente e apreciar a paisagem. A parte principal da gameplay consiste, basicamente, em focar a luz do farol em objetos para realizar ações. Já o pássaro atua como personagem de suporte, sendo utilizado para alcançar itens fora do alcance ou auxiliar na resolução de puzzles, como girar alavancas.
Os puzzles são bem simples e fáceis, sendo óbvios na maioria dos casos. Ouso dizer que eles só existem em prol da história, demonstrando a cooperação entre o farol e o pássaro ao longo do jogo, mas isso não os exime de críticas.
Os puzzles do primeiro terço do jogo são, de longe, a pior parte de Keeper. Eles continuam aparecendo em sequência, num curto intervalo de tempo e, por serem fáceis, passam a sensação de estarmos executando a mesma tarefa repetitivamente, o que torna o jogo cansativo.
No decorrer do jogo, com a mudança da jogabilidade por conta a história, a dinâmica dos puzzles melhora consideravelmente. Embora eles continuem fáceis e repetitivos, a integração deles ao level design consegue esconder esses defeitos, não deixando essa impressão de estar repetindo a mesma tarefa a todo momento.
História

Ao despertar após um evento misterioso, um farol e um pássaro, separado de seu bando, partem juntos em uma jornada rumo ao centro da ilha.
Keeper não conta com diálogos, seu objetivo é desenvolver a relação entre o farol e o pássaro e consegue fazer isso de maneira satisfatória, através de momentos chave durante o jogo e pela gameplay em si.
O mundo é interessante, mas se torna apenas um plano de fundo para a aventura, sem qualquer desenvolvimento. O texto de descrição das conquistas, adquiridas ao restaurar totens ao longo da jornada, é a única informação que temos da história sobre o que ocorreu na ilha. Mesmo que seja possível compreender os eventos dessa forma, isso poderia ser feito de uma maneira melhor, afinal nem todos se importam com as conquistas para ir ler sua descrição.
Trilha sonora

Por ser um jogo sem diálogos, eu esperava que a trilha sonora de Keeper fosse um grande pilar para trazer emoção durante a jornada, mas não é o que acontece. Infelizmente a trilha passa quase despercebida por quase todo o jogo, não conseguindo trazer aquele algo a mais que poderia agregar na narrativa.
Desempenho

A análise foi feita com base na versão do Xbox Series S, mas Keeper também roda em 30FPS no Xbox Series X. Embora o frame rate não atrapalhe na gameplay do jogo, experienciei quedas de FPS irritantes em alguns cenários. Não conseguir manter o desempenho estável em um jogo tão simples, principalmente se tratando de um jogo first-party do Xbox beira o inadmissível.
Conclusão
Keeper é uma aventura interessante com uma boa dinâmica de personagens. Mesmo sendo um jogo simples e que deixa a desejar em alguns quesitos, possuí a duração certa para que essa simplicidade não se torne cansativa. Com certeza é um jogo que vale a pena dar uma oportunidade.
Keeper está disponível para Xbox Series X|S e PC, além de estar incluso no Game Pass Ultimate e PC Game Pass.
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