Call of Duty: Black Ops 7 é o mais fraco da franquia
Por Posted by | Publicado em - Editado emSabe o que é pior que não ter nada? Ver algo que você realmente gosta sendo tirado de você.
- FURIA vence o BLAST Rivals Hong Kong
- Surgem as primeiras possíveis imagens do filme de The Legend of Zelda
Uma narrativa fraca e desinteressante

Não é exagero dizer que Black Ops II é o jogo mais querido da franquia, um dos poucos que digo tranquilamente que acertou tudo em cheio: campanha, zombies e multiplayer. E eu, uma pessoa que sempre adorou as campanhas de Call of Duty, me empolguei bastante quando revelaram que iríamos voltar a jogar com David Mason, Apesar da franquia ter tropeçado no Modern Warfare III, a Activision voltou aos trilhos com Black Ops 6, então eu tive altas expectativas para esse jogo. Mas, após concluir a primeira missão… Eu perdi as esperanças.

De alguma forma, Menendez voltou
Dez anos após os eventos de Black Ops II, um vídeo do terrorista da Cordis Die, Raul Menendez, surge repentinamente. Neste vídeo, ele afirma que os eventos de 2025 foram apenas o começo e que o mundo verá o seu próximo passo em três dias. Em resposta, Emma Kagan, CEO da Guilda, um conglomerado tecnológico, jura defender a humanidade. Desconfiado de suas intenções, o Coronel Troy Marshall envia a divisão de David Mason para a cidade de Avalon, onde fica a sede da Guilda, para investigar a situação.
Todos que jogaram o BO2 sabem que Menendez não está realmente vivo; afinal, é meio difícil sobreviver a um tiro na cabeça. Mas o que me impressionou foi o jogo revelar isso tão rápido. Praticamente na cutscene inicial, o jogo deixa claro que Kagan é a verdadeira antagonista e que Menendez é apenas um deep fake. Surpreendentemente, ninguém chegou a considerar que poderia ser uma IA ou deep fake. Acho que essa tecnologia deve ser novidade no ano de 2035.
Durante a primeira missão, a unidade de David é atingida por uma toxina alucinógena, que faz com que toda a divisão fique presa em uma visão da Nicarágua, onde David confronta Menendez e o derrota utilizando… uma machete gigante que cai do céu. Essa toxina é chamada de ‘O Berço’ e reaparece diversas vezes ao longo da campanha. Sempre que os personagens inalam, começam a alucinar com eventos passados de BO1 e BO2. E esse é basicamente o jogo inteiro: a divisão Specter One tentando parar a Guilda e, ocasionalmente, alucinando com eventos de jogos melhores.

Problemas e mais problemas

A série Black Ops sempre foi um pouco estranha, mas dessa vez a Treyarch acabou passando do ponto, em certos momentos fiquei me questionando se realmente estava jogando um Call of Duty. As esquisitices sempre fizeram parte do modo zombies, mas dessa vez o estúdio também colocou na história, você vai enfrentar chefes gigantes, robôs com 1 milhão de vida, plantas gigantes, zumbis, e aranhas enquanto muda constantemente entre o presente desinteressante e o passado de ouro da saga.
A campanha é 100% online cooperativa, o que significa que você não pode pausar em momento algum (mesmo jogando solo) e caso você fique inativo ou o jogo tenha algum update, você é expulso da missão. Apesar de ser co-op, Black Ops 7 não é divertido de jogar com amigos (ou se você se odeia, pessoas aleatórias) pelo menos não tão divertido quanto seus concorrentes. Há muitos problemas que fazem com que não valha a pena perder seu tempo, boa parte das cutscenes não podem ser puladas, você e seus aliados são obrigados a escutar uma ladainha sobre toxina e umas sessões de terapia do Mason. Em algumas missões você precisa fazer uns puzzles semelhantes aos de Bioshock, mas o problema é que apenas um jogador pode se “divertir” fazendo-os, enquanto o restante fica atirando em inimigos que parecem ter alergia a se movimentar. Caso você esteja solo, o jogo não te dá companheiros controlados por IA. Você precisa se virar sozinho.
O jogo alterna entre missões mais fechadas, em mapas antigos, e missões estilo Warzone no mundo aberto de Avalon. Essas missões conseguem um feito incrível: serem piores que as missões do MW3. Você só fica correndo para cima e para baixo, enfrentando inimigos tão burros que é mais fácil passar reto por todos e ir direto para o objetivo, onde geralmente é forçado a enfrentar um boss com um milhão de HP.
As missões em Avalon se resumem a atravessar corredores ou um mapa grande e vazio, e, caso jogue com alguém, os inimigos não ficam mais inteligentes, apenas ganham mais vida. Então, se jogar com amigos, você é punido, sendo forçado a gastar mais tempo nessa porcaria de campanha. As boss fights duram um tempo desnecessariamente longo. Eles não são difíceis, só têm uma quantidade absurda de vida e ficam spawnando inimigos para você enfrentar.
Conclusão
A única coisa que posso elogiar na história é a sua duração, que, felizmente, é bem curtinha. Consegui fechar tudo em 4 horas bem sofridas. Após zerar a campanha, você tem acesso ao mapa completo de Avalon. Pode jogar com seus amigos e cumprir objetivos espalhados pelo mapa, mas não vale a pena se torturar apenas para jogar o que é basicamente o modo DMZ.
A campanha ser sempre online matou quase toda a empolgação que eu tinha para jogar. Caso você seja expulso, o jogo te obriga a reassistir essas cutscenes chatas novamente. Eu, sinceramente, recomendo que você reúna seus amigos e vá jogar outra coisa, ou o modo que a Activision realmente quer que você jogue: o Warzone.
Call of Duty: Black Ops 7 está disponível para:
Quer pagar mais barato em jogos, consoles e acessórios? Siga o nosso canal de promoções no WhatsApp.