
Hollow Knight: Silksong – O metroidvania quase perfeito
Por Posted by | Publicado em - Editado emDepois de LONGOS anos do anúncio, finalmente a sequência de um dos melhores jogos da geração passada está entre nós. Desenvolvido e publicado pela Team Cherry, Hollow Knight: Silksong lançou no dia 4 de Setembro, e após quase 30 horas imerso nesse micro universo de insetos, posso confirmar que a espera de 2.138 dias valeu a pena.
Enredo

Dessa vez estamos no papel de Hornet, a princesa de Hallownest, que está bem longe de casa depois que um culto religioso a capturou. Obviamente a protagonista consegue escapar, e depois de uma longa queda em um abismo, se encontra perdida em “Pharloom“, o misterioso reino da nossa aventura.
A história funciona igualmente como no jogo anterior, na forma de “narrativa não intrusiva“, isso quer dizer que os diálogos com Npc’s, itens, chefes e cenários, escondem as verdades desse lugar, mas desde do inicio temos um objetivo claro, subir até o topo do reino e confrontar o culto que nos capturou, em busca de respostas.
Ambientação

Esse é sem exagero, um dos jogos mais lindos que já joguei na minha vida, a direção de arte do primeiro Hollow Knight já era impecável, Ari Gibson (o responsável pela maioria das artes em ambos os jogos) trouxe em Silksong, uma proposta diferente na ambientação, com cenários mais coloridos e cheios de vida, o total oposto de Hallownest.
É impressionante o nível de detalhes que esse jogo tem, as áreas contam sutilmente os mistérios desse lugar, carcaças gigantes no fundo, estruturas abandonas, corpos próximos a armadilhas escondidas, isso juntamente com a vasta variedade de locais, enriquece e MUITO a experiência em Silksong.
Jogabilidade

Se a Team Cherry tivesse feito um “copiar e colar” na gameplay, já estaria ótimo, mas eles foram além. A jogabilidade é tão diferente quanto impressionante, a agilidade da nova protagonista muda completamente a maneira de se jogar, o combate começa veloz e aéreo, porém, conforme avançamos na campanha, a Hornet ganha novos leques de possibilidades com as diversas melhorias e habilidades disponíveis.

Uma das novas adições é o sistema de brasões, que mudam o estilo de combate da protagonista, e vai totalmente da sua escolha a forma de jogar, tem estilos mais pesados (que lembram a forma mais lenta do cavaleiro vazio), as mais ágeis, com ataques curtos e rápidos, entre outras. Junto aos brasões, temos os substitutos dos amuletos, que são as ferramentas, e funcionam basicamente da mesma forma.
Exploração

Já joguei vários metroidvanias ao longo da minha vida para saber que o level design em Silksong é um primor técnico. A agilidade da Hornet também funciona para a exploração, que esta lotada de segredos, e muito bem colocado nos cenários, sempre te deixando com uma “pulga” atrás da orelha naquela plataforma mais alta que seu pulo.
Ao longo da jornada podemos encontrar rosários (o dinheiro), ferramentas, as pulgas (tipo as larvas aqui em Silksong), melhorias e habilidades escondidas, fora as áreas e chefes opcionais que pode passar despercebido.
O jogo também possui um sistema de missões extremamente bem feitos, onde podemos caçar algumas criaturas, procurar/resgatar alguns Npc’s, e coletar recursos para as pequenas “cidades” do jogo, as recompensas são bem variadas e ajuda a diversificar as suas ações na campanha.
Inimigos e Chefes

Sem duvidas esse é o ponto mais forte em Silksong, eu poderia apenas falar do quão variado e incríveis são os designs dos 200 inimigos desse jogo, mas a IA é o que roubou a cena pra mim, parece que eles estão sempre um passo a frente, antecipando e esquivando das ações, chega a ser surreal que isso é apenas programação.
As batalhas contra chefes estão ainda mais absurdas do que no anterior, são desafiadoras na medida certa, e cada chefe tem padrões variados e únicos, as vezes até com alterações no campo de batalha para aumentar a tensão da luta, uma experiência fantástica.
Dificuldade

Agora é o momento polêmico desta análise, Hollow Knight: Silksong tem um problema SÉRIO com o balanceamento de dano, no primeiro jogo, era raríssimos os inimigos que te davam 2 de dano, sendo a maioria deles, chefes, já aqui quase TODOS os inimigos tem golpes que tiram essa quantidade de vida, comparado a protagonista, que precisa sempre de 4 ou 5 hits (com melhorias na agulha) para derrotar os inimigos mais simples.
Esse problema começa bem cedo no jogo, e se estende por boa parte aventura, e lembra o que mencionei sobre a IA logo acima? Então, os inimigos estão estrategicamente posicionados em locais para ti derrubar em armadilhas, que TAMBÉM tiram 2 de dano, eu morri mais vezes tentando chegar em alguns chefes do que no próprio chefe, realmente não esperava ver um erro em algo que a Team cherry acertou tão bem no passado.
Trilha sonora

O mestre australiano Christopher Larkin (compositor) que já havia feito uma OST perfeita no primeiro jogo, deixou um pouco de lado a melancolia do reino de Hallownest, e focou em uma trilha mais calma e com tons de aventura, que molda os cenários do reino de Pharloom que você está, transmite a sensação de mistério, e nos chefes, a tensão de uma luta épica, é espetacular o que esse cara consegue fazer com a musica.
Conclusão
Hollow Knight: Silksong atinge todas as expectativas que nós fãs depositamos nos últimos 6 anos de espera, sem sombra de duvidas, um dos melhores jogos do ano, mais também, o metroidvania definitivo.
Hollow Knight: Silksong está disponível para:





